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Etiópia conclui acordo com ONU para transporte de ajuda humanitária para Tigré

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Nova Iorque, Estados Unidos, 4 dezembro  (Infosplusgabon) - As Nações Unidas anunciaram quarta-feira a conclusão de um acordo  com o Governo etíope, para permitir um “acesso sem obstáculos, duradouro e seguro”  da ajuda humanitária às pessoas necessitadas nas zonas de Tigré, agora sob controlo.

 

 

 

Sobre os pormenores deste acordo, o porta-voz do Secretário-Geral, Stéphane Dujarric, disse que a passagem com segurança da ajuda e do pessoal se alarga igualmente às províncias etíopes de Amhara e Afar, vizinhas de Tigré, onde os combates entre as forças federais  e  provinciais  afetaram, em novembro último, quase seis milhões de pessoas.

 

De acordo com um comunicado da ONU, até agora, nenhuma ajuda foi autorizada na zona de conflito, o que provocou a deslocação de vários milhares de pessoas, muitas das quais atravessaram a fronteira com o Sudão.

 

O porta-voz do Escritório de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) em Nairobi (Quénia), Saviano Abreu, declarou aos jornalistas que a primeira missão de avaliação das necessidades começou quarta-feira.

 

Ele acrecentou que a ONU está determinada a discutir “ com todas as partes em conflito” e velar por que a ajuda seja distribuída “com base estritamente nas necessidades”.

 

De acordo com Dujarric, toda a distribuição da ajuda será realizada “em conformidade com os príncipios de humanidade, imparcialidade, independência e neutralidade”, fazendo com que  as populações afetadas pelo conflito sejam assistidas sem distinção nenhuma, devido ao caráter urgente das suas necessidades.

 

Muitos Etíopes são igualmente deslocados internos provenientes de Tigré, e refugiaram-se em Amhara e Afar. A avaliação das necessidades pela ONU visa atingir os que estão afetados pelo conflito, acrescentou Dujarric.

 

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou segunda-feira um apelo às autoridades federais etíopes para aceder aos campos de refugiados eritreus de Tigré que albergam 96 mil pessoas e cujas reservas alimentares se teriam esgotadas.

 

O seu porta-voz em Genebra, Babar Baloch, disse que « as preocupações aumentam de hora a hora, fazendo da fome e da desnutrição um real perigo”.

 

As comunicações na província de Tigré permanecem cortadas, bem como as estradas, e o primeiro etíope, Abiy Ahmed, teria rejeitado qualquer diálogo com os líderes de Tigré em fuga, após a entrada, no último fim de semana,  do Exército na capital provincial.

 

A ONU estima que quase dois milhões de pessoas precisam atualmente duma assistência humanitária em torno e na província de Tigré, e quase um milhão outras foram deslocadas pelos combates, das quais mais de 45 mil  que fugiram para o Sudão.

 

 

FIN/INFOSPLUSGABON/ASQ/GABON2020

 

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