Oposição acusa Presidente sul-africano de perjúrio

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Cidade do Cabo, África do Sul, 14  Dezembro (Infosplusgabon) - A oposição oficial da Aliança Democrática (DA) acusou, esta quinta-feira, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, de perjúrio.

 

Esta acusação segue-se à decisão do Alto Tribunal de Gauteng, que rejeitou quarta-feira um pedido de Zuma para a revisão do relatório da ex-provedora da Justiça, Thuli Madonsela.

 

Zuma tentou impedir a publicação deste relatório que faz graves revelações implicando o Presidente, os membros da sua família e os seus amigos num grande escândalo de corrupção.

 

O Tribunal julgou por unanimidade que o relatório seja mantido tal como está e que a conduta do Presidente na sua tentativa de bloquear a sua publicação constituía uma "violação do processo judicial" e uma tentativa de "entravar uma obrigação constitucional do gabinete da provedora".

 

O tribunal ordenou igualmente a Zuma o pagamento das custas da sua tentativa infrutífera de impedir a publicação do relatório bem como as custas do processo de revisão estimadas em 440 mil dólares americanos.

 

O chefe da DA, Msumi Maimane criticou "a sinistra tentativa de Zuma de induzir os tribunais em erro, abusar do processo judicial e subverter a lei e a Constituição da República".

 

"Esta derrota de Zuma é uma vitória histórica para o povo da África do Sul. Durante muito tempo, os Sul-africanos tiveram de pagar do seu próprio bolso a extravagante fatura judicial do Presidente que, em vez de dirigir um país, passa a maior parte do seu tempo nos tribunais, abusando do processo judicial para se manter com os seus amigos e a sua família no poder e evitar a prisão", declarou Maimane.

 

Sublinhou que é a primeira vez, desde o advento da democracia em 1994, que um Presidente em exercício é intimado a pagar pessoalmente as custas judiciais.

 

"Jacob Zuma vai sofrer as consequências destas desonestidades, pouco importa o tempo que levará a adiar as audiências. Cabe doravante ao Parlamento, à Polícia e à Comissão de Inquérito levar este caso diante da Justiça", acrescentou.

 

 

 

FIN/INFOSPLUSGABON/VIO/ GABON 2017

 

 

 

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